Bem vindo ao Blog de Ornitologia e Birdwatching da ONG MAE!

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Se você é ornitólogo profissional ou amador, ou um simples amante da natureza em especial da avifauna, este é o seu Blog. De agora em diante serão postadas novidades, notícias e informações interessantes obtidas através das pesquisas e atividades realizadas pela ONG MAE - Meio Ambiente Equilibrado, sobre a avifauna brasileira.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Passarinhada da ONG MAE no dia 11/11/2011, no "Reginão".

      A saga dos passarinheiros de Londrina segue com mais um campo realizado na mata ao lado do Patrimônio Regina (por nós conhecida como a mata do Reginão) no dia 11/11/2011. Trata-se de um remanescente florestal, possivelmente reserva legal de propriedade rural próxima, que possui uma estrada não-pavimentada onde são realizadas as caminhadas para a observação de aves. A mata do Reginão – para os íntimos - faz parte do complexo de fragmentos ao redor do Parque Estadual Mata dos Godoy, e apesar de ter uma estrada cortando o fragmento, ele ainda abriga uma rica avifauna. Abaixo segue a lista das espécies registradas durante esta passarinhada.

    1.      Aratinga leucophtalma (periquitão-maracanã);
2.      Athene cunicularia (coruja-buraqueira);
3.      Automolus leucophtalmus (barranqueiro-de-olho-branco);
4.      Baryphtengus ruficapillus (juruva-verde);
5.      Basileuterus culicivorus (pula-pula);
6.      Basileuterus leucoblepharus (pula-pula-assobiador);
7.      Bulbucus ibis (garça-vaqueira);
8.      Camptostoma obsoletum (risadinha);
9.      Capsiempis flaveola (marianinha-amarela);
10.  Celeus flavescens (joão-velho);
11.  Chiroxiphia caudata (tangará);
12.  Coccyzus meloryphus (papa-lagarta-acanelado);
13.  Colaptes campestris (pica-pau-do-campo);
14.  Crotophaga ani (anu-preto);
15.  Crypturellus obsoletus (inhambuguaçu);
16.  Cyanocorax chrysops (gralha-picaça);
17.  Cychlaris gujanensis (pitiguari);
18.  Dacnis cayana (saí-azul);
19.  Dromococcys pavoninus (peixe-frito-pavonino);
20.  Dsythamnus mentalis (choquinha-lisa);
21.  Eleoscytalopus indigoticus (macuquinho);
22.  Empidonomus varius (peitica);
23.  Euphonia chlorotica (fim-fim);
24.  Euphonia violácea (gaturamo verdadeiro);
25.  Furnarius rufus (joão-de-barro);
26.  Guira guira (anu-branco);
27.  Habia rubica (tiê-do-mato grosso);
28.  Hemithraupis guira (saíra-do-papo-preto);
29.  Hypoedalus gutattus (chocão-carijó);
30.  Ictinia plumbea (sovi);
31.  Lanio melanops (tiê-de-topete);
32.  Leptotila verreauxi (juriti-pupu);
33.  Mackenziana severa (borralhara);
34.  Megarhynchus pitangua (neinei);
35.  Molothrus bonariensis (vira-bosta);
36.  Myiodinastes maculatus (bem-te-vi-rajado);
37.  Myiopagis caniceps (guaracava-cinzenta);
38.  Myiophobus fasciatus (filipe);
39.  Pachyramphus validus (caneleiro-de-chapéu-preto);
40.  Patagioenas picazuro (asa-branca);
41.  Phaetornis eurynome (rabo-branco-acanelado);
42.  Philydor lichensteinii (limpa-folhas-ocráceo);
43.  Phyrrura frontalis (tiriba-de-testa-vermelha);
44.  Piaya cayana (alma-de-gato);
45.  Picumnus teeminckii (pica-pau-anão-escamado);
46.  Pionus maximiliani (maritaca-verde);
47.  Pitangus sulphuratus (bem-te-vi);
48.  Platyrhinchus mystaceus (patinho);
49.  Poecilotriccus plumbeiceps (tororó);
50.  Progne chalybea (andorinha-grande);
51.  Pyriglena leucoptera (papa-taoca-do-sul);
52.  Rupornis magnirostris (gavião-carijó);
53.  Saltator similis (trinca-ferro);
54.  Selenidera maculirostris (araçari-poca);
55.  Serpophaga subcristata (alegrinho);
56.  Sitassomus griseicapillus (arapaçu-verde);
57.  Synallaxis frontalis (bem-tererê);
58.  Synallaxis ruficapilla (pichororé);
59.  Syristes sibilator (gritador);
60.  Tachyphonus coronatus (tiê-preto);
61.  Thamnophilus caerulescens (choca-da-mata);
62.  Thalurania glaucopis (beija-flor-de-fronte-violeta);
63.  Thamnophilus caerulescens (choca-da-mata);
64.  Tityra inquisitor (anambé-branco-de-bochecha-parda;
65.  Tolmomyias sulphurescens (bico-chato-de-orelha-preta);
66.  Troglodytes musculus (corruíra);
67.  Trogon surrucura (surucuá-variado);
68.  Turdus leucomelas (sabiá-barranco);
69.  Turdus rufiventris (sabiá-laranjeira);
70.  Vireo olivaceus (juruviara);
71.  Xenops rutilans (bico-virado);
72.  Zonotrichia capensis (tico-tico);

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

ONG MAE realizará passarinhada dia 15/11/2011 no Lago Igapó 2, VENHA PARTICIPAR!


<ESTE PASSEIO NÃO OCORREU NO DIA 15/11/2011 POR CAUSA DO MAU TEMPO>
EM BREVE NOVA DATA SERÁ DIVULGADA,
O FUNCIOMENTO AINDA É O MESMO DESCRITO ABAIXO, INTERESSADOS QUE QUERIAM "RESERVAR" SEUS LUGARES COM ANTECEDÊNCIA ENTREM EM CONTATO PELO EMAIL GTAONGMAE@GMAIL>COM
Passeio Inaugural do Circuito de Observação de Aves da ONG MAE no mês de setembro.
   A ONG MAE convida os amantes da natureza de Londrina para o passeio de observação de aves no Lago Igapó 2. Este passeio faz parte do roteiro de nível básico da atividade observação de aves em Londrina, oferecida pela ONG MAE. 
    É de nível básico por ser em uma localidade urbana, central e de fácil acesso, onde é possível contemplar cerca de 40 espécies de aves. Este passeio é também uma forma de valorizar o nosso maior cartão postal, que apesar de todos os problemas, ainda abriga belas espécies de aves.
    As inscrições custam 15R$ (por pessoa) e podem ser realizadas pelo e-mail gtaongmae@gmail.com  O pagamento pode ser feito antes do início do passeio lá mesmo no Lago Igapó 2. O ponto de encontro é na esquina com a Avenida Higienopolis, em frente à Rádio Paiquerê. O passeio começa às 7:30 da manhã, partindo do local citado há pouco.
    Para aqueles que já conhecem ou praticaram a Observação de Aves em outras cidades, ou participaram da primeira passarinhada da ONG MAE, e agora querem conhecer ainda mais a diversidade de aves de Londrina, a ONG MAE oferece "roteiros avançados" que englobam Parques e Matas da zona rural de nossa cidade e sua região metropolitana. Dependendo do local escolhido e das condições do clima, é possível observar cerca de 80 espécies em uma manhã. Os passeios podem ser agendados até mesmo para o dia todo, de acordo com o interesse dos inscritos. Para mais informações ou agendamentos, também pelo email gtaongmae@gmail.com .
     Contamos com equipe capacitada de Ornitólogos para mostrar o maior número de espécies possível durante os passeios. Dispomos de um Telescópio para ver as aves em detalhes, e de binóculo para emprestar. O ideal é que cada inscrito tenha o seu próprio equipamento, assim não há necessidade de revesamento e fica mais fácil a observação. Para quem não tem binóculo mas tem interesse em adquirir um bom equipamento, leia a série de dicas (3 partes) que damos para ajudar na escolha do binóculo ideal nos links: http://ornitologiamae.blogspot.com/2011/10/dica-como-escolher-o-seu-binoculo-para.html


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Passarinhada dia 04/11/2011


    Mais uma passarinhada com a ONG MAE, desta vez no Parque Estadual Mata dos Godoy. O friozinho matinal estava muito agradável para o passeio, e logo fomos surpreendidos com uma linda Suidara (Tyto alba) cruzando a rodovia em um vôo lento e majestoso, cerca de 1km antes da entrada para o parque. Como de praxe fomos recebidos por um casal - de nervosas - Corujas-buraqueiras (Athene cunicularia) que mora praticamente no portal da mata dos Godoy, e então chegamos ao nosso destino. 
    Já na entrada para as trilhas do parque, fomos recebidos pelo simpático, e ameaçado de extinção em nosso estado, Canário-do-mato (Basileuterus flaveolus) que ficou literalmente dando sopa para a foto abaixo. Inclusive foi quando descobrimos uma enorme falha deste que vos fala, ora eu havia esquecido de colocar o cartão de memória na câmera, e me restou apenas a limitadíssima capacidade da memória interna da máquina, que armazena no máximo 11 fotos. Triste!... mas acontece hehehe.

Canário-do-mato (Basileuterus flaveolus). Foto: Oliveira (2011)
    Após as apresentações iniciais entramos na trilha dos Catetos e a partir daí foi só alegria. Muitas espécies vocalizando incluindo algumas de grande beleza como a Juruva-verde (Baryphthengus ruficapillus) forrageando ao chão no meio da trilha, os casais de Surucuá-variado (Trogon surrucura), os belos Tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus) e Araçari-poca (Selenidera-maculirostris), além do constante canto dos sabiás laranjeira (Turdus rufiventris), coleira (Turdus albicollis) e barranco (Turdus leucomelas) que nos acompanharam durante todo percurso. O Tangará (Chiroxiphia caudata) também marcou presença vocalizando bastante.
    Bom, se eu for detalhar todos os registros aqui o texto ficará longo demais, afinal foram no total 81 espécies de aves registradas em cerca de 3 horas de campo. Com direito até a uma caminhada contornando a mata quando encontramos várias pegadas de Anta (Tapirus terrestris) e também, no meio destes rastros, os de uma Onça-parda (Puma-concolor). Teria ocorrido um conflito entre uma jovem Anta e uma Onça-parda? Quem sabe? Mas que as pegadas estavam no mesmo lugar elas estavam! hehehe
    São as "surpresinhas" que nos aparecem durante as incursões a campo, e que normalmente acontecem quando os recursos (entendam a memória da câmera fotográfica) são limitados e inviabilizam a maioria das fotos.
    Confiram a lista das espécies registradas neste dia de campo, e vale lembrar, que oferecemos o passeio de observação de aves com guias capacitados. Monte seu grupo e nos contacte pelo e-mail gtaongmae@gmail.com que agendamos uma incursão. Caso não tenha um grupo formado, deixe seu nome com a gente que assim que acumularem um número mínimo de pessoas nós montamos os grupo e entramos em contato para confirmar a data e o local do passeio! 
Para mais informações basta nos contactar pelo mesmo e-mail acima.
Estamos ansiosos pela sua presença!

LISTA DAS ESPÉCIES REGISTRADAS NO DIA 04-11-2011

  1. Amazilia lactea (Beija-flor-de-peito-azul)
  2. Ammodramus humeralis (Tico-tico-do-campo)
  3. Aratinga auricapillus (Jandaia-de-testa-vermelha)
  4. Aratinga leucophthalma (Periquitão-maracanã)
  5. Athene cunicularia (Coruja-buraqueira)
  6. Automolus leucophthalmus (Barranqueiro-de-olho-branco)
  7. Baryphthengus ruficapillus (Juruva-verde)
  8. Basileuterus culicivorus (Pula-pula)
  9. Basileuterus flaveolus (Canário-do-mato)
  10. Basileuterus leucoblepharus (Pula-pula-assobiador)
  11. Cacicus haemorrhous (Guaxe)
  12. Camptostoma obsoletum (Risadinha)
  13. Caracara plancus (Caracará)
  14. Chaetura meridionalis (Andorinhão-do-temporal)
  15. Chiroxiphia caudata (Tangará)
  16. Colaptes melanochloros (Pica-pau-verde-barrado)
  17. Corythopis delalandi  (Estalador)
  18. Crypturellus obsoletus (Inhambuguaçu)
  19. Crypturellus parvirostris (Inhambu-chororó)
  20. Cyanocorax chrysops (Gralha-picaça)
  21. Cyclarhis gujanensis (Pitiguari)
  22. Dendrocolaptes platyrostris (Arapaçu-grande)
  23. Dysithamnus mentalis (Choquinha-lisa)
  24. Empidonomus varius (Peitica)
  25. Euphonia violacea (Gaturamo-verdadeiro)
  26. Falco femoralis (Falcão-de-coleira)
  27. Geothlyps aequinoctialis (Pia-cobra)
  28. Hemithraupis guira (Saíra-de-papo-preto)
  29. Herpsilochmus rufimarginatus (Choquinha-de-asa-vermelha)
  30. Hypoedaleus guttatus (Chocão-carijó)
  31. Ictinia plumbea (Sovi)
  32. Lanio melanops (Tiê-de-topete)
  33. Lathrotriccus euleri (Enferrujado)
  34. Leptodon cayanensis (Gavião-de-cabeça-cinza)
  35. Leptopogon amaurocephalus (Cabeçudo)
  36. Leptotila rufaxilla (Juriti)
  37. Leptotila verreauxi (Juriti-pupu)
  38. Megarhynchus pitangua (Nei-nei)
  39. Megascops choliba (Corujinha-do-mato)
  40. Myarchus ferox (Maria-cavaleira)
  41. Myiodynastes maculatus (Bem-te-vi-rajado)
  42. Myiopagis caniceps (Guaracava-cinzenta)
  43. Myiopagis viridicata (Guaracava-de-crista-alaranjada)
  44. Nonnula rubecula (Macuru)
  45. Pachyramphus validus (Caneleiro-de-chapéu-preto)
  46. Patagioenas cayenensis (Pomba-galega)
  47. Patagioenas picazuro (Pombão)
  48. Phaethornis pretrei (Rabo-braco-acanelado)
  49. Philydor rufum (Limpa-folhas-de-testa-baia)
  50. Phylidor licktensteini (Limpa-folhas-ocráceo)
  51. Piaya cayana (Alma-de-gato)
  52. Picumnus temmincki (Pica-pau-anão-de-coleira)
  53. Pionus maximiliani (Maitaca-verde)
  54. Progne tapera (Andorinha-do-campo)
  55. Pyriglena leucoptera (Papa-taoca-do-sul)
  56. Pyrrhura frontalis (Tiriba-de-testa-vermelha)
  57. Ramphastos dicolorus (Tucano-de-bico-verde)
  58. Rupornis magnirostris (Gavião-carijó)
  59. Saltator similis (Trinca-ferro-verdadeiro)
  60. Selenidera maculirostris (Araçari-poca)
  61. Sittasomus griseicapillus (Arapaçu-verde)
  62. Sporophila caerulescens (Coleirinho)
  63. Synallaxis ruficapilla (Pichororé)
  64. Synallaxis spixi (João-teneném)
  65. Thalurania glaucopis (Beija-flor-de-testa-roxa)
  66. Thamnophilus caerulescens (Choca-da-mata)
  67. Thamnophilus ruficapillus (Choca-de-chapéu-vermelho)
  68. Thraupis sayaca (Sanhaçu-cinzento)
  69. Tityra cayana (Anambé-branco-de-rabo-preto)
  70. Tolmomyias sulphurescens (Bico-chato-de-orelha-preta)
  71. Troglodytes musculus (Corruíra)
  72. Trogon surrucura (Surucuá-variado)
  73. Turdus albicollis (Sabiá-coleira)
  74. Turdus leucomelas (Sabiá-barranco)
  75. Turdus rufiventris (Sabiá-laranjeira)
  76. Tyrannus savanna (Tesourinha)
  77. Tyto alba (Suindara)
  78. Vanellus chilensis (Quero-quero)
  79. Veniliornis spilogaster (Picapauzinho-verde-carijó)
  80. Xiphorhynchus fuscus (Arapaçu-rajado)
  81. Zonotrichia capensis (Tico-tico)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

DICA: Como escolher o seu Binóculo para Observação de Aves - PARTE 3 (FINAL)

    Continuando nossas dicas para escolher um binóculo ideal para observação de aves...
Na primeira postagem falamos sobre os formatos disponíveis, o aumento e o diâmetro da objetiva. Na segunda postagem falamos dos tipos de revestimento das lentes, do ângulo de visão e da distância mínima de foco.
Hoje falaremos dos últimos detalhes para que você não se engane na compra de seu binóculo.

1º - Tipo de Prisma: 
     O prisma dos binóculos, pode ser feito de dois materiais basicamente, o Bak4, e o Bk7. Não entremos em detalhes da composição de cada um, mas o melhor deles, que propicia uma melhor definição e passagem de luz, é o Bak4, porém, também é o mais caro. Existem binóculos bons com Bk7, mas sempre o Bak4 será melhor, e recomendado.

2º - Eye Relief
    Está é uma das especificações que remete ao conforto e facilidade de uso de um binóculo e é dada em milímetros. Em suma, é a distância que seu olho pode estar da lente ocular do binóculo para que veja a imagem completa - acreditem, nem sempre é necessário encostar o binóculo nos olhos para observar. Mas para que eu iria usar um binóculo "longe" do rosto? Se você não usa óculos pode até achar desnecessário, mas quem usa, não consegue usar um binóculo simultaneamente com o óculos se o Eye relief for pequeno. Normalmente os binóculos bons tem pelo menos 18mm, mas quando maior, mais fácil de enxergar com o binóculo, especialmente usando óculos.

 - Pupila de Saída (Exit Pupil):
     Outra característica que remete ao conforto e facilidade de uso do binóculo. A Pupila de saída é o diâmetro do feixe de luz que chega à sua pupila. Quanto maior este valor, mais fácil de ver a imagem completa no binóculo. A pupila humana tem normalmente - quando não está dilatada - cerca de 5mm de diâmetro, e os binóculos de qualidade oferecem uma saída de pupila de pelo menos 5,3mm, deixando uma margem para que praticamente todos consigam enxergar sem problemas no binóculo. 

4º - Correção de Dioptria 
     Talvez a última característica realmente importante em um binóculo. Esta opção é o que permite pessoas com problemas visuais leves usarem um binóculo sem problemas. Por exemplo pessoas com diferentes graus de astigmatismo, miopia ou hipermetropia em cada olho, podem configurar individualmente cada lente ocular do binóculo pelo ajuste da Dioptria. Normalmente este ajuste é disponível em apenas uma das lentes, pois é desnecessário mexer nas duas lentes, uma delas já basta. O manual do binóculo normalmente explica como usar este recurso.

"EXTRAS"

      Correção de fase do Prisma (Prism phase correction): É um revestimento extra que os binóculos - normalmente muito mais caros - apresentam no prisma ótico que visa corrigir uma leve refração que a luz sofre ao cruzar este prisma até chegar em nosso olho. Binóculos com correção de fase ostentam a fama de fornecer as imagens mais nítidas e definidas, mas na prática, a diferença de um bom binóculo sem correção de fase, e de um com correção, é muito sutil, e não justifica a diferença de preço. Mas pessoas muito exigentes podem achar justo o investimento.

      À prova d'água e de embaçamento (Waterproof & Fogproof): Binóculos com esta característica são comuns, nas marcas mais conhecidas, e não representam muito acréscimo de preço. Não foi considerado essencial pois não interfere na qualidade da imagem, porém, é um tanto frustrante quando começa a chover ou a umidade está alta e o binóculo embaça por dentro. Nestas situações a unica coisa a fazer é esperar, e um bom tempo, até desembaçar. Binóculos Waterproof & Fogproof são selados com nitrogênio puro (gás inerte) em seu interior que impede o embaçamento pois não á umidade alguma dentro do binóculo. Vale lembrar que mesmo um binóculo com estas características continua embaçando por fora, se houver grande variação de temperatura, mas nada que uma flanela não resolva.

Bom Pessoal, esperamos que as informações passadas sobre como escolher um bom binóculo tenham sido claras e que sejam úteis em compras futuras, especialmente para os apaixonados pela grande diversidade de aves brasileira!
Estaremos aguardando vocês em nossas "passarinhadas"!
Entrem em contato pelo email gtaongmae@gmail.com para se inscrever!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

DICA: Como escolher o seu Binóculo para Observação de Aves - PARTE 2

        Continuando nossas dicas para escolher um binóculo ideal para observação de aves...
Na primeira postagem falamos sobre os formatos disponíveis, o aumento e o diâmetro da objetiva. Hoje falaremos de Revestimentos, Ângulo de Visão e Distância Mínima de foco.

1º - Revestimento das lentes

    Binóculos de qualidade recebem camadas de revestimento anti-reflexo, para garantir que toda a luz captada pelo instrumento chegue ao olho do observador. Binóculos sem revestimento anti-reflexo fornecem imagens mais escuras e menos nítidas pois parte da luz é refletida pela lente e não chega ao nosso olho. Existem basicamente 5 tipos de revestimentos em ordem crescente de qualidade, são eles: Rubicon, Coated, Fully-coated, Multi-coated, Fully-multi-coated.

    - Rubicon: Este é aquele mais comum, que deixa as lentes objetivas do binóculo avermelhadas - como um rubi. Binóculos com este tipo de revestimento aparentam ser de boa qualidade e são bem bonitos, porém, é o pior revestimento disponível, pois a cor vermelha da lente nada mais é do que a frequencia da luz vermelha refletida pela lente. Ou seja, a imagem que chega ao nosso olho tem as cores quentes amenizadas não sendo recomendado para observação de aves.

    - Coated: Binóculos com este revestimento apenas as lentes objetivas foram revestidas com uma camada de anti-reflexo, transmitindo mais luz para o olho do observador.
    - Fully-coated: Ambas lentes, objetivas e oculares, receberam uma camada de anti-reflexo, transmitindo mais luz para o olho do observador do que os Coated.
    - Multi-coated: As lentes oculares receberam uma camada de anti-reflexo, e as lentes objetivas receberam duas ou mais camadas anti-reflexo, transmitindo mais luz para o olho do observador que os Fully-coated.
    - Fully-multi-coated: Todas as lentes receberam duas ou mais camadas de anti-reflexo, transmitindo mais luz para o olho do observador que os Multi-coated.

 - Ângulo de visão (Angle of View ou AOV):
     Esta característica é dada em graus, e remete à quantidade de objetos que cabem no campo de visão que o binóculo fornecerá. Quanto maior o ângulo de visão, mais objetos caberão no campo e mais fácil será para detectar a ave. No entanto, quando maior o ângulo de visão menor é a sensação de aproximação do objeto. Um binóculo com 8x de aumento e 6 graus de ângulo de visão oferece maior sensação de aproximação do objeto do que um binóculo de 8x de aumento e 7 graus de ângulo de visão. No entanto, será mais fácil encontrar a ave com um binóculo de maior angulação, especialmente para pessoas sem prática.  

3º - Distância mínima de foco (Minimum Focus Distance):
     Esta especificação é dada em metros e, como o próprio nome diz, remete à distância mínima que o objeto pode estar do observador, sendo possível observar nitidamente usando o binóculo. É importante esta característica do binóculo especialmente para aves menores, que mesmo próximas do observador fica difícil de ver detalhes. Quanto menor a DMF melhor o binóculo. 


Conclusão da parte 2 de nosso guia de como escolher binóculos.
RECOMENDADO: 
- Revestimento pelo menos Multi-coated, pois é onde há melhor relação custo-benefício, mas pessoas mais exigentes podem investir um pouco mais num Fully-multi-coated.
- Ângulo de visão entre 6 e 8 graus, nem mais nem menos. Um dos mais usados é 7 graus, por ser o meio termo.
- Distância mínima de foco de no máximo 4m, quanto menor, melhor.