Bem vindo ao Blog de Ornitologia e Birdwatching da ONG MAE!

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Se você é ornitólogo profissional ou amador, ou um simples amante da natureza em especial da avifauna, este é o seu Blog. De agora em diante serão postadas novidades, notícias e informações interessantes obtidas através das pesquisas e atividades realizadas pela ONG MAE - Meio Ambiente Equilibrado, sobre a avifauna brasileira.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Passarinhando em Londrina com visitantes de Curitiba - PR (15 e 16 de dezembro de 2011). Última postagem de 2011*

Gustavo Sanchez, Renan Oliveira, Roberto Cirino, Luciano Campestrini, Parque Daisaku Ikeda.
      Nos dias 15 e 16  de dezembro de 2011 os membros do Grupo de Ornitologia e Birdwatching da ONG MAE, e inclusive outros birdwatchers londrinenses foram contactados por um usuário do site Wikiaves, que estava vindo de Curitiba para Londrina e queria fazer uma passarinhada em nossa cidade, que resultou num total de 126 espécies registradas.
   Seu nome é Roberto Cirino e ele veio acompanhado de seu amigo Luciando Campestrini, ambos "passarinheiros" da capital, moderadores do site www.passarinhando.com.br, e estavam na busca por novos registros dos penosos da terra vermelha para enriquecer seus acervos fotográficos.
Foram dois dias de passarinhada, o primeiro deles, no Parque Estadual da Mata dos Godoy, foi onde eu (Renan Oliveira) e Gustavo Sanchez encontramos com Roberto, Luciano e Luiz Veríssimo (passarinheiro Londrinense que também se dispôs a acompanhar os visitantes) pessoalmente pela primeira vez, e ficamos indagados pois nossos novos amigos curitibanos estavam tentando de todas as maneiras - e já havia um certo tempo - fotografar o Saci (Tapera-naevia) que é uma ave muito comum na "pequena Londres" especialmente na zona rural, mas que segundo eles, em Curitiba é muito difícil de ser avistada.
     Neste primeiro momento, a passarinhada foi breve e sem muitos registros ora os visitantes haviam chegado cerca de 9:30 da manhã, que já em um horário considerado "avançado" para a observação de aves pois a maioria delas adotam uma postura mais discreta e silenciosa ficando difícil a detecção - existem várias teorias que justificam esta preferência pelas primeiras horas matinais e pelas ultimas horas vespertinas, mas fica para outra postagem.
      No segundo momento, nossos visitantes revelaram um grande desejo para observar o Carão (Aramus guarauna) - surpreendentemente outra ave comum em nossa região - pois em Curitiba aparentemente esta ave não "dá as caras". De imediato sugerimos passar a tarde observando aves no Lago Igapó, onde certamente é possível avistar um Carão. Ao chegarmos no local (Lago 3) comentamos que praticamente ao lado de onde paramos o carro, é onde normalmente a ave procurada costuma aparecer. Fizemos uma "varredura" visual no local e nada do nosso amigo penoso... então resolvemos seguir ao redor do aterro do Lago observando e assim o fizemos por algumas horas, e quando decidimos voltar para o carro ao passarmos pelo local indicado inicialmente, eis que surgiu o tão visado ser alado, que nos deu apenas o direito a uma breve observação, seguida de um vôo majestoso para longe de seus bípedes admiradores.
     Foi muito interessante ver a reação, em especial do Roberto, ao avistar a tão sonhada ave, a alegria foi tanta que ele quase saiu correndo atrás do Carão, mas o Luciano do alto de sua calma advertiu o colega de que seria inútil correr atrás e que eles teriam tempo para vê-lo novamente.

Luiz Verissimo, Luciano Campestrini, Roberto Cirino, Renan Oliveira no Lago Igapó. Fotografo: Luiz Veríssimo 2011
     Pensando nisto, para o dia seguinte sugerimos aos nossos novos amigos curitibanos que no dia seguinte (sexta-feira 16/12) fossemos à dois locais, o primeiro deles e bem cedo, seria um fragmento de mata na zona sul, por nós da ONG MAE considerado uma "prata da casa Londrinense" onde a diversidade de aves é enorme e a visualização de várias espécies é garantida. Já o segundo local que sugerimos foi o Parque Municipal Daisaku Ikeda, antiga usina Hidrelétrica Três Bocas que hoje é uma represa margeada de um enorme brejo, ambiente ideal e garantia de observar com detalhes, o visado Carão.
     Roberto e Luciano nos deram o voto de confiança e acataram nossa sugestão.
     Então no dia seguinte, chegamos ao fragmento escolhido e logo de cara fomos recebidos por várias aves vocalizando constantemente, dentre elas o Estalador (Corythopis delalandi), o Barranqueiro-de-olho-branco (Automolus leucophthalmus), o Pitiguari (Cychlaris gujanensis), a Choquinha-lisa (Dysithamnus mentalis), o Surucuá-variado (Trogon surrucura) e várias outras espécies comuns em nossas matas, mas que juntas, impressionam e muito os visitantes.
     Seguimos pela estrada de terra que corta o fragmento e as espécies detectadas foram aumentando, assim como o deslumbramento de nossos amigos curitibanos com a nossa rica avifauna e as belezas cênicas sempre presentes nas passarinhadas. Luciano e Roberto ficaram de queixo caído com as enormes e imponentes Perobas e Figueiras que dividem o protagonismo do momento com as diversas espécies que as utilizam como poleiros. Foi possível observar bandos de Maitaca-verde (Pionus maximiliani), Jandaia-de-testa-vermelha (Aratinga auricapillus), Periquitão-maracanã (Aratinga leucophthalmus), Tiriba-de-testa-vermelha (Pyrrhura frontalis), Anambé-branco-de-rabo-preto (Tityra cayana), Anambé-branco-de-bochecha-parda (Tityra inquisitor), Viuvinha (Colonia colonus), Saíra-de-papo-preto (Hemithraupis guira), Benedito-de-testa-amarela (Melanerpes flavifrons) dentre outros.
      Mas a espécie que mais marcou os visitantes pela beleza ímpar e por ser um lifer (inédita) para eles, foi a Tietinga (Cissopis leverianus), que é uma ave alvinegra com cauda longa e olhos amarelos. Descrever uma ave preta e branca pode não parecer muito empolgante, então aí vai uma boa imagem desta magnífica ave.
Fonte: SINGER, M. (2010) Wikiaves: www.wikiaves.com/208300
    Pouco tempo após o registro da Tietinga, o "passarinheiro" Luciano disse "...Londrina é o local ideal para observação de aves pois tem muitas espécies e o tempo é sempre bom...", referindo-se ao clima chuvoso de Curitiba e demais localidades serranas onde há mais procura pela atividade de Birdwatching.
     OBS: Fica a dica! Londrina é o bicho para birdwatching, bora passarinhar! hehehehe
   Paramos para almoçar, e quem nos fez companhia foi um casal de Araçari-poca (Selenidera maculirostris) que também alegrou bastante nossos colegas da capital.
     Após o almoço ainda fizemos uma caminhada até o início da estrada, onde a mata é mais aberta e por isso há bastante capim e bambú. Lá encontramos bichos típicos destes ambientes, dentre eles duas espécies comuns por aqui mas que lá em Curitiba não ocorrem, são elas a Choca-barrada (Thamnophilus doliatus) a Marianinha-amarela (Capsiempis flaveola) que também cativaram os visitantes.
     Pronto, nossa passarinhada florestal havia chegado ao fim, e já era hora de rumar para o parque Daisaku Ikeda que ficava no meio do caminho de volta, em busca de um bom registro de Carão. Chegamos lá, subimos no mirante do parque, e lá de cima apresentamos o local para Roberto e Luciano, em seguida descemos e pegamos a "Trilha da Corimba" que margeia a represa e seu brejo circundante, e não demorou muito para avistar um bando de Carões, e naquele momento a satisfação tomou conta de Roberto, que titubeou para seguir a caminhada pelo restante da trilha pois não queria perder as aves de vista - um pouquinho de exagero didático mas ele realmente ficou muito feliz em vê-los hehehe.
Carão (Aramus guarauna) no parque Daisaku Ikeda (Foto: Renan Oliveira)
     Após deixarmos o Carão para trás, seguimos pela trilha e avistamos ainda alguns Jaçanãs (Jacana jacana), Frango-d´água (Gallinula galeata) e paramos para descansar e se esquivar do sol quente no "Espaço Irerê" (onde foi feita a primeira foto desta postagem) onde permanecemos por algum tempo jogando conversa fora. Decidimos então voltar pela trilha de onde viemos, quando escutamos uma pomba!
     Caso alguém aí indagou: 
     - Poxa vida lá vem vocês falando de pomba novamente!?
     Calma, novamente não era qualquer pombo, era uma Fogo-apagou (Columbina squammata) uma pomba típica da zona rural, cujo canto traduziram como "♫ fogo-pagou ♪" (quem quiser conferir acesse http://www.wikiaves.com.br/450606&p=2&tm=s&t=u&u=3134), além de sua aparência em que a coloração e desenho das penas faz lembrar um tronco queimado (foto).
Fogo-apagou (Columbina squammata) fonte: KISIELEWSKI  (2011)
www.wikiaves.com.br/525044&t=s&s=10387&p=1
     E assim encerramos as atividades do ano de 2011 do grupo de Ornitologia e Birdwatching da ONG MAE, e queremos deixar nossos sinceros agradecimentos a todos aqueles que leem, comentam ou assinam nosso blog, e a todos os que participaram das passarinhadas este ano.
     Que o ano que vem chegando seja repleto de oportunidades para boas saídas a campo, cheias de vida e de cor como nós da ONG MAE e todos os nossos seguidores e simpatizantes queremos que seja, SEMPRE!
     Desejamos a todos a alegria de poder contemplar aquilo que nos foi dado gratuitamente por algo muito maior do que nós, e que um dia possamos ensinar a todos o valor de tudo aquilo que está a nossa volta. Que valorizemos cada vez mais toda a beleza e graça da natureza que nos cerca, e que aprendamos tudo o que ela tem a nos ensinar.
     Valorize a VIDA, pois ela é o único bem de todos!  
     Feliz Natal a todos e um Próspero Ano Novo!!!
    São os votos da ONG MAE!
    ps: abaixo segue a lista com todas as espécies (126 no total) detectadas nestes dois dias de Passarinhada!
  1. Alegrinho (Serpophaga subcristata)
  2. Alma-de-gato (Piaya cayana)
  3. Anambé-branco-de-bochecha-parda (Tityra inquisitor)
  4. Anambé-branco-de-rabo-preto (Tityra cayana)
  5. Andorinha-do-campo (Progne tapera)
  6. Andorinha-do-rio (Tachycineta albiventer)
  7. Andorinhão-do-temporal (Chaetura meridionalis)
  8. Andorinha-pequena-de-casa (Pygochelidon cyanoleuca)
  9. Anú (Crotophaga ani)
  10. Anú-branco (Guira guira)
  11. Araçari-poca (Selenidera maculirostris)
  12. Arapaçu-de-bico-torto (Campylorhamphus falcularius)
  13. Arapaçu-liso (Dendrocincla turdina)
  14. Arapaçu-rajado (Xiphorhynchys fuscus)
  15. Arapaçu-verde (Sittasomus griseicapillus)
  16. Arredio-oliváceo (Cranioleuca obsoleta)
  17. Avoante (Zenaida auriculata)
  18. Barranqueiro-de-olho-branco (Automolus leucophthalmus)
  19. Beija-flor-de-testa-roxa (Thalurania glaucopis)
  20. Beija-flor-dourado (Hylocharis chrysura)
  21. Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus)
  22. Bem-te-vi-rajado (Myiodynastes maculatus)
  23. Benedito-de-testa-amarela (Melanerpes flavifrons)
  24. Bico-chato-de-orelha-preta (Tolmomyias sulphurescens)
  25. Biguá (Phalacrocorax brasilianus)
  26. Borralhara (Mackenziaena severa)
  27. Cambacica (Coereba flaveola)
  28. Canário-do-mato (Basileuterus flaveolus)
  29. Caneleiro-de-chapéu-preto (Pachyramphus validus)
  30. Caneleiro-preto (Pachyramphus polychopterus)
  31. Carão (Aramus guarauna)
  32. Carcará (Caracara plancus)
  33. Choca-barrada (Thamnophilus doliatus)
  34. Choca-da-mata (Thamnophilus caerulescens)
  35. Chocão-carijó (Hypoedaleus guttatus)
  36. Chopim (Molothrus bonariensis)
  37. Choquinha-lisa (Dysithamnus mentalis)
  38. Coleirinho (Sporophila caerulescens)
  39. Corruíra (Troglodytes musculus)
  40. Coruja-buraqueira (Athene cunicularia)
  41. Currutié (Certhiaxis cinamomeus)
  42. Enferrujado (Lathrotriccus euleri)
  43. Estalador (Corythopis delalandi)
  44. Figuinha-de-rabo-castanho (Conirostrum speciosum)
  45. Flautim (Schiffornis virescens)
  46. Fogo-apagou (Columbina squammata)
  47. Frango-d´água (Gallinula galeata)
  48. Garça-branca-grande (Ardea alba)
  49. Garça-branca-pequena (Egretta thula)
  50. Garça-vaqueira (Bulbucus íbis)
  51. Gavião-carijó (Rupornis magnirostris)
  52. Gralha-picaça (Cyanocorax chrysops)
  53. Gritador (Sirystes sibilator)
  54. Guaracava-cinzenta (Myiopagis caniceps)
  55. Guaracava-de-crista-alarajanda (Myiopagis viridicata)
  56. Guaxe (Cacicus haemorrhous)
  57. Inhambu-chororó (Crypturellus tataupa)
  58. Inhambu-guaçu (Crypturellus obsoletus)
  59. Jaçanã (Jacana jacana)
  60. Jandaia-de-testa-vermelha (Aratinga auricapillus)
  61. João-de-barro (Furnarius rufus)
  62. João-teneném (Synallaxis spixi)
  63. Juriti (Leptotila rufaxilla)
  64. Juriti-pupu (Leptotila verreauxi)
  65. Juruva-verde (Baryphthengus ruficapillus)
  66. Limpa-folhas-de-testa-baia (Philydor rufum)
  67. Limpa-folhas-ocráceo (Philydor licktensteini)
  68. Macuquinho (Eleoscytalopus indigoticus)
  69. Maitaca-verde (Pionus maximiliani)
  70. Maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado (Myiarchus tyrannulus)
  71. Marianinha-amarela (Capsiempis flaveola)
  72. Mariquita (Parula pitiayumi)
  73. Martim-pescador-verde (Chloroceryle amazona)
  74. Nei-nei (Megarynchus pitangua)
  75. Papa-taoca-do-sul (Pyriglena leucoptera)
  76. Peitica (Empidonomus varius)
  77. Periquitão-maracanã (Aratinga leucophthalmus)
  78. Periquito-rico (Brotogeris tirica)
  79. Petrim (Synallaxis frontalis)
  80. Pia-cobra (Geothlypis aequinoctialis)
  81. Pica-pau-anão-de-coleira (Picumnus temmincki)
  82. Pica-pau-branco (Melanerpes candidus)
  83. Pica-pau-de-banda-branca (Dryocopus lineatus)
  84. Pica-pau-do-campo (Colaptes campestris)
  85. Pica-pau-verde-barrado (Colaptes melanochloros)
  86. Pichororé (Synallaxis ruficapilla)
  87. Pimentão (Saltator fuliginosus)
  88. Pinto-do-mato (Hylopezus nattereri)
  89. Pitiguari (Cyclarhis gujanensis)
  90. Policia-inglesa-do-sul (Sturnella superciliaris)
  91. Pomba-galega (Patagioenas cayenensis)
  92. Pombão (Patagioenas picazuro)
  93. Pula-pula (Basileuterus culicivorus)
  94. Pula-pula-assobiador (Basileuterus leucoblepharus)
  95. Quero-quero (Vanellus chilensis)
  96. Rabo-branco-acanelado (Phaethornis pretrei)
  97. Risadinha (Camptostoma obsoletum)
  98. Rolinha-roxa  (Columbina talpacoti)
  99. Sabiá-barranco (Turdus leucomelas)
  100. Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris)
  101. Sabiá-poca (Turdus amaurochalinus)
  102. Saci (Tapera naevia)
  103. Saíra-de-papo-preto (Hemithraupis guira)
  104. Sanhaço-cinzento (Tangara sayaca)
  105. Savacu-dorminhoco (Nycticorax nycticorax)
  106. Socozinho (Butorides striata)
  107. Sovi (Ictinia plúmbea)
  108. Suiriri (Tyrannus melancholichus)
  109. Surucuá-variado (Trogon surrucura)
  110. Tangará (Chiroxiphia caudata)
  111. Tejo-do-campo (Mimus saturninus)
  112. Tesourinha (Tyrannus savana)
  113. Tico-tico (Zonotrichia capensis)
  114. Tico-tico-do-campo (Ammodramus humeralis)
  115. Tiê-de-topete (Lanio melanops)
  116. Tiê-do-mato-grosso (Habia rubica)
  117. Tiê-preto (Tachyphonus coronatus)
  118. Tietinga (Cissopis leverianus)
  119. Tiriba-de-testa-vermelha (Pyrrhura frontalis)
  120. Tiziu (Volatinia jacarina)
  121. Tovaca-campainha (Chamaeza campanisona)
  122. Trinca-ferro (Saltator similis)
  123. Tuím (Forpus xanthopterygius)
  124. Urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus)
  125. Urubu-de-cabeça-vermelha (Cathartes aura)
  126. Viuvinha (Colonia colonus)


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

"Highlights" das últimas passarinhadas da ONG MAE

Foto 1. Ave na mira! Calma, é apenas um telescópio! hehehe

       Faz tempo que não atualizamos o Blog, mas foi por falta de tempo de elaborar as listas e discuti-las. Pensando nisso, e no acúmulo de listas, resolvemos tirar os pontos altos das ultimas incursões a campo do Grupo de Ornitologia e Birdwatching da ONG MAE.
       Bom, as últimas incursões se deram em 3 locais, o primeiro deles Parque Estadual Mata dos Godoy (PEMG), o segundo foi um sítio próximo ao PEMG, e o terceiro e último foi no Recanto do Pinhão (distrito de Mauá da Serra).
Com uma média de 80 espécies por incursão, exceto a do Recanto do Pinhão, que na verdade foi um "plus" pois estávamos lá para o planejamento estratégico da ONG MAE, mas passarinheiro que se preze sempre arruma um tempo para escapar em busca dos nossos amigos penosos! hehehe
    Os destaques da passarinhada no PEMG ficaram por conta de 3 espécies, o Macuquinho (Eleoscytalopus indigoticus) que apesar de ser um bicho florestal foi avistado por mais de uma vez fora da área de mata em meio ao capim colonião (estranhíssimo), outro destaque foi a vocalização espontânea do Pinto-do-mato (Hylopezus nattereri) que é uma espécie de dificílima detecção na região - inclusive ele cantou apenas uma vez, e nem com o uso da técnica de Playback ele repetiu, e o outro destaque foi o também o típico das regiões Serranas e raríssimo em nossa região Arapaçu-liso (Dendrocincla turdina), que vocalizou várias vezes com seu canto estridente e continuo - inclusive respondeu o Playback mas não deu as caras. 
        Agora vamos aos destaques do campo no sítio próximo à Mata dos Godoy, que foram o Olho-falso (Hemitriccus diops) que é bastante incomum em nossa cidade, o seu "irmãozinho" mais arisco e mais raro Catraca (Hemitriccus obsoletus) que apareceu pela primeira vez no ano para nossa equipe, novamente o Macuquinho (Eleoscytalopus indigoticus) desta vez em seu devido ambiente florestal com bastante bambú e  emaranhados de cipós, e o Tapaculo-pintado (Psilorhamphus guttatus) que compartilha não só do ambiente do Macuquinho, mas também na dificuldade de detecção visual.
Por último, os destaques do Recanto do Pinhão, que é um lugar maravilhoso com uma cachoeira linda  (foto 2),

Foto2. Cachoeira e piscina natural no Recanto do Pinhão
que ficou ainda mais bonita quando descobrimos que abrigava pelo menos duas espécies de Apodideos (Andorinhões), são eles o Taperuçu-de-coleira-branca (Streptoprocne zonaris) e o Taperuçu-velho (Cypseloides senex), ambos vivem no paredão imediatamente atrás da cachoeira, mas conseguimos foto apenas do Taperuçu-velho (foto 3).
Foto 3. Taperuçu-velho (Cypseloides senex) que vive no paredão embaixo da cachoeira.

        E o terceiro e último destaque do Recanto do Pinhão, foi uma pomba! 
        Poxa vida, uma pomba??? Afff!!!
       Mas calma, não é qualquer pomba, eram Pariris (Geotrygon montana), uma das pombas mais dífíceis de encontrar, especialmente em nossa região. Para ter idéia, nós da ONG MAE, encontramos esta ave umas 3x no total, uma delas inclusive está registrada com a gravação do canto desta ave no site Wikiaves (http://www.wikiaves.com.br/444594&tm=s&t=s&s=10406&p=1). É uma pomba de chão, que raramente se "aventura" em galhos altos, e também de difícil detecção visual pela sua coloração neutra e comportamento arisco.
         Além destes "highlights" vale lembrar que aves mais comuns - mas nem por isso menos belas - como o Surucuá-variado (Trogon surrucura), a Juruva-verde (Baryphthengus ruficapillus), o Tangará (Chiroxiphia caudata), o Araçari-poca (Selenidera maculirostris), o Tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus), a Jandaia-de-testa-vermelha (Aratinga auricapillus) dentre outras, sempre se fazem presentes e contribuem para enriquecer e decorar os belos cenários que a natureza nos oferece.
          Ficaram curiosos em conhecer pessoalmente estes bichos?
      A melhor maneira para isso é entrar em contato conosco pelo email gtaongmae@gmail.com para se inscrever em uma incursão (Passarinhada) com um grupo de pelo menos 5, e no máximo 15 pessoas, que temos ótimos destinos para a prática da Observação de Aves ou Birdwatching. Entre em contato que, juntos, escolheremos a data e o local ideais para uma boa passarinhada! Esperamos vocês!